Ontem, 9 de março, aconteceu em Brasília o Ato pela Terra, manifestação artística em defesa do meio-ambiente em protesto contra uma série de projetos de lei que visam precarizar ainda mais a proteção da natureza brasileira. A ONG Paz Sem Fronteiras estava representada no evento pela atriz e voluntária Leona Cavalli, que se uniu a artistas como Caetano Veloso, Daniela Mercury, Maria Gadú, Emicida, Seu Jorge e Natiruts neste protesto pacífico.
O Ato pela Terra buscou alertar contra o chamado “Pacote da Destruição”, um conjunto de projetos de lei que, se aprovado, aumentará o uso de agrotóxicos, oficializará a grilagem de terras, enfraquecerá normas de licenciamento ambiental e alterará a demarcação de terras indígenas. “É importante deixar claro que, se aprovadas essas leis, seus efeitos são irreversíveis”, declarou Leona Cavalli em live durante o ato. “É uma coisa tenebrosa, é a liberação da criminalidade que está se instaurando na floresta Amazônica.”
O protesto tem como alvo principalmente os projetos de lei PL 6.299 (Agrotóxicos), PL 2.633/PL 510 (Grilagem), PL 3.729 (Licenciamento ambiental) e PL 490 e PL 191 (Terras Indígenas). Em diferentes estágios de tramitação, esses projetos buscam oficializar o desmonte de proteções ambientais que vêm sendo efetivados por vias infralegais nos últimos anos. Além dos danos irreparáveis à fauna e à flora brasileiras, a aprovação desses projetos causará prejuízos enormes também à economia e à imagem do país, visto que as lideranças internacionais pressionam pelo aumento de proteções ambientais.
“Estamos em um momento que todo mundo sabe que é um ponto de virada fundamental”, discursou Leona Cavalli durante o ato. “Ainda é possível que a gente consiga barrar esse pacote tenebroso de medidas que violentam a nossa estrutura enquanto humanidade, o nosso planeta, os nossos animais, nossos indígenas, a Amazônia e tudo que há de mais precioso para a humanidade”.
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