Salvador Corrêa
Eu sou Salvador Campos Corrêa, psicólogo, mestre em Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ) e doutorando em Saúde Coletiva (IFF/FIOCRUZ). Atuo no campo da saúde há mais de 10 anos, e especificamente com HIV desde 2013. Fui coordenador da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA), BEMFAM, colaborei como consultor de produtos e serviços, como campanhas, cartilhas e palestras de diversas ONGs AIDS. Fui professor de saúde coletiva – incluindo disciplinas específicas de HIV, na Faculdade Redentor, Faculdade de Medicina de Campos e UNIVERSO.
Já representei o Brasil em eventos internacionais como UNAIDS Fast Track Meeting (Bangkok – Tailândia), HPTN Meeting e ACTG Meeting (ambos em Washington-DC – Estados Unidos), e já fui convidado para dezenas de evento nacionais na FIOCRUZ, UERJ, UFRJ e outras instituições. Sou autor do livro O Segundo Armário – diário de um jovem soropositivo e colaborei com a construção da adaptação do espetáculo O Segundo Armário com atuação de Hugo Caramelo, dirigido por Jean Mendonça, adaptado por Antônio de Medeiros. Fui pesquisador do premiado filme Tente Entender o que Tento Dizer, dirigido por Emília Silveira, com roteiro de Miguel Paiva e produzido por MPC Filmes e Daniel de Souza. Colaborei com orientações técnica para documentário da Globo News 35/20: Do pânico à esperança de Dario Menezes. Participei do documentário da TV Futura Agora que eu sei de Fabiano Cafure e vivo abertamente com HIV.
Atualmente pesquiso sobre HIV e Arte no doutorado de Saúde Coletiva do IFF/FIOCRUZ, em que olho para a vida de artistas com HIV, buscando entender como a arte flui em seu processo de elaboração do diagnóstico e como é esse trânsito entre o individual e coletivo que a arte traz. Tenho entendido a arte como um espaço/tempo de paz.
O encontro/busca da paz tem sido um caminho e ao mesmo tempo um processo, que reverbera em uma nova forma de viver. Percebo a expansão da paz na medida da minha autoaceitação. Olhar e regar as raízes, semear e sentir a natureza em mim tem sido fundamental. Sou descendente de indígenas e portugueses, nascido no norte do estado do Rio de Janeiro, cidade de Campos dos Goytacazes-RJ. Ao olhar para meu passado devo colher os ensinamentos e semear gratidão.
Tenho participado das ações da ONG Paz sem Fronteiras desde 2016 e desde 2019 tenho me dedicado mais a temática da paz. Esse processo tem reverberado em muitas áreas de minha vida, criando um espaço para novos olhares e vivências a partir da paz.
Penso que nascer é necessariamente um encontro de dentro para fora e os fluxos são verdadeiros (auto)encontros vitais com o outro. No sentir sentidos inexplorados encontro-me com o que sou – indescritível, insaciavelmente falho e belo. Esvazio-me quantas vezes necessárias forem para encontrar-me no fluir.