Jonas Ferreira
Meu nome é Jonas José Ferreira.
Nasci em 25 de julho de 1943. No meio rural. No distrito de Senador Cortes, município do Mar de Espanha, Minas Gerais. Sou o sétimo de uma prole de 12 filhos de Roberto José Ferreira e Elzira Martins Ferreira. Oito homens e quatro mulheres. Aos meus 3 anos de idade, meu pai comprou uma fazenda no município de Varre-Sai, extremo norte do Estado do Rio, onde passou a ser a morada de toda a família. Na fazenda, a partir de 1947, fomos criados em meio à produção de leite e café, além do cultivo da terra na produção de alimentos para consumo da família e trabalhadores.
Formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Fluminense, trabalhei na secretaria de agricultura do Estado de São Paulo (CATI) entre 1973 e 1976, onde eu respondia pelo controle sanitário animal com foco em febre aftosa nos municípios de Pacaembu, Irapuru e Flora Rica.
Iniciado a um processo de migração por mais de 20 cidades que se desenharia durante as 2 décadas seguintes, saí do serviço público e fui para uma empresa privada onde eu era responsável técnico por 5000 suínos da raça Duroc. Devido à idade e estado de saúde do meu pai, tive que migrar para o município de Varre-Sai e assumir a administração da fazenda. Passados 3 anos, retomei a peregrinação. Trabalhando ainda na iniciativa privada, e também como autônomo, sempre acompanhado por esposa e filhos, à medida em que nasciam, percorrendo experiências profissionais em busca de um lugar ao sol.
Do Rio de Janeiro para Mato Grosso, passando por Campo Grande/MS, ou o Sertão da Bahia, e de volta ao RJ ou SP. Ora na clínica de grandes e pequenos animais, ora no manejo e introdução de inseminação artificial em gado de corte de fazendas em Adamantina e Sinope, ou no manejo de búfalo leiteiro em Analândia. Ou ainda de volta ao setor público, no controle de vacinação de raiva de pequenos animais ou controle de raiva em bovinos, entrando em cavernas para caçar morcego hematófago, transmissor da raiva bovina, recebendo diversas doses de vacina antirrábica para a exposição a esses ambientes.
Além de participar em muitos convênios, prestei concurso público para Secretaria de Agricultura em São Paulo, onde fui efetivado. Posteriormente, o Governo de São Paulo iniciou um plano de demissão voluntária, no qual aceitei o acordo e saí do serviço público. Em todos esses convênios, desenvolvi um amplo trabalho de extensão rural em vários municípios de SP, levando aos produtores rurais diversos cursos – alguns patrocinados pelo Senar – de inseminação artificial em bovinos, de produção de derivados de leite, conservas caseiras, defumados e embutidos.
Depois de tantas idas e vindas, os problemas se avolumaram. Comecei a sentir necessidade de procurar ajuda espiritual. A partir de fevereiro de 2000, profundas transformações ocorreram. Determinei que rezaria o terço todos os dias da minha vida. Assim sendo, há 21 anos rezo o terço todos os dias. Após 28 anos de casado, divorciado. 3 filhos; 2 homens e 1 mulher: Jonas José Ferreira Filho, Diana Ferreira e João Francisco José Ferreira. E uma neta, Olívia Ferreira de Carvalho.
Em 2001, eu e minha atual companheira, Diana Costa Jacques, compramos um sítio em Varre-Sai, onde predominava a pecuária, e ali o transformaríamos em 28 hectares de recuperação florestal em cerca de 90% de sua área total, a envolver uma seara de cultivos e vivências na contramão de quase tudo o que vi durante meus anos de prática profissional a serviço da produção industrial, lançando mão apenas do que aprendemos até ali, devotados a uma nova era saberes e práticas em harmonia com o meio-ambiente e todos os seus seres.
Frequentei por 2 anos um centro espírita onde fiz um curso de médium. Após me afastar do centro, fiz um curso de Meditação Transcendental com Klebér, no Leblon. Coincidentemente, o início do curso foi dia 25/07/2014, data do meu aniversário; e até hoje medito todos os dias. Em seguida, fiz o curso de Fogo Sagrado com Mônica Oliveira, em Copacabana. Posteriormente fiz um curso de ThetaHealing e, por último, um curso de Metafísica.
09 de agosto de 2014. Comecei a frequentar os Estudos Xamânicos de Expansão da Consciência, na Porta do Sol. A partir desta data, ancorei meu barco na Ilha de Guaratiba. Foi na Porta do Sol que encontrei as melhores respostas para os meus questionamentos. Um local que se sustenta no tripé “Paz, Amor e Não-julgamento”. Este tripé está apoiado num tapete chamado Arte. Depois de 72 ritos, me tornei membro. Nesta noite, ao abraçar a Leona e Ana Vitória, vieram-me espontaneamente estas palavras: Estou me sentindo um náufrago sendo resgatado.
Todas as minhas experiências e andanças nos levaram a comprar o Sítio Duas Matas. Outrora ocupado em pastagens, optamos por recuperar a maior área possível em floresta. Passados todos esses anos em meio à produção orgânica de araruta, milho, cúrcuma, nibs de cacau, noz-pecã, castanha portuguesa, mel, goiabada caipira, ovo caipira, azeite de mamona, a minhocultura, húmus e terra preparada, dentre outros insumos agrícolas, hoje cultivamos também chacrona e cipó para a Porta do Sol. E sigo numa espiral de gratidão e retribuição a todas as formas de sustento físico e espiritual que o Universo dispôs a mim.